sexta-feira, 28 de outubro de 2011


CUBA VAI ULTRAPASSAR O BRASIL NO PAN (ACHO JUSTO)

Hoje, talvez amanhã, ou o mais tardar até sábado, Cuba vai ultrapassar o Brasil na luta pelo segundo lugar nos Pan-Americanos. O programa da competição guarda para o final as provas em que os cubanos são superiores, como canoagem, boxe e atletismo. A vantagem será pequena, como em 2007, quando os cubanos tiveram 59 medalhas de ouro contra 54 do Brasil. Os dois países devem diminuir suas conquistas, devido principalmente à ascensão do México, país sede. 
O Brasil teve algumas derrotas inexplicáveis que farão falta no final. O basquete feminino perdeu a semi para Porto Rico. Fabiana Murer  e Fabiana Beltrame, campeãs mundiais perderam no salto em altura e no remo. Murer perdeu para uma cubana, o que é mais grave quando se pensa na luta pelo segundo lugar.
Eu acho justo que Cuba vença o Brasil. Os motivos:
1) O sucesso de Cuba é reflexo de uma política esportiva de massificação do esporte, coisa que vem de muito tempo. Basta dizer que foi em 1971, em Cali, que os cubanos conseguiram pela primeira vez o segundo lugar no Pan. O posto foi mantido desde então, exceção a 1991 quando, em Havana, ficaram com o primeiro posto. A ascensão brasileira é bancada por muito dinheiro, vindo das leis de incentivo. Os atletas brasileiros são mais ricos e podem participar de muitas competições fora do país. Está aí a grande razão do desenvolvimento do judô feminino, por exemplo.
2) Em Cuba não há doping. Ou, para sermos cínicos, ninguém descobre. Não há um caso de atleta cubano pego em exames antidoping, exceção a Javier Sottomayor, acusado por cocaína. No Brasil, está virando uma constante. Atletas foram punidos por dois anos no atletismo. Rebeca Gusmão não é o único caso da natação. Lembremos da apressada absolvição de Cesar Cielo, acusado pelo uso do mesmo remédio que deu mais de um ano ao goleiro Renê. Até na esgrima brasileira houve doping.
3) Em Cuba não tem naturalização. Os atletas cubanos são nascidos em Cuba e formados em Cuba. Isso é cada vez mais raro no mundo. Aldama, triplista cubana deixou a Ilha há dez anos. Passou a competir pelo Sudão. Agora, vai disputar a Olimpíada pela Grã Bretanha. Bernard Lagat, queniano, agora é dos EUA. O time de basquete da Gra Bretanha tem pelo menos cinco naturalizados. O Brasil ganhou uma medalha de prata no remo, com Alexis Mestre, cubano naturalizado.
4) Só há um técnico estrangeiro em Cuba. É um argentino que tenta ressuscitar o basquete da Ilha. No Brasil, está cheio de gente que vem de fora trabalhar aqui. É o dinheiro comprando eficiência.
5) Há um boicote econômico dos Estados Unidos que atrapalha e muito o esporte cubano. O material para o boxe, por exemplo, precisa vir da China. Os EUA não vendem.
6) Por fim, o último motivo para torcer por Cuba. A cada medalha ganha por eles, é um festival de ufanismo barato, de brasil-sisislsislsi que eu não preciso escutar. A natação, por exemplo, eu vi sem som.

Um comentário:

  1. E aí Alessandro, to acompanhando mto o pan, será bom para o Brasil, pois com tantas medalhas fará o apoio ao esporte aumentar !!! Realmente, sempre gostei da história de Cuba nos esportes, pois são amadores, mas treinam com garra ímpar, pena que não possam ganhar dinheiro com o esporte. Precisamos nós Cuba e Brasil melhorar para tirar a vantagem dos EUA. Abraços, mto bom seu treino de 30km, eu to começando a fazer 18km ou 21 por semana, para ganhar resistência.

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